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| Quilombo do Grotão certificado pela Fundação Palmares como comunidade remanescente de quilombo! |
SAMBA DA COMUNIDADE: COMEMORAÇÃO PELA CERTIFICAÇÃO DO QUILOMBO DO GROTÃO COMO COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO!
Em 1920 Manoel Bonfim chegou a Niterói, fugido de Sergipe, com sua esposa, Dona Maria Vicência, para trabalhar na fazenda do Engenho do Mato , de propriedade de Dona Irene Lopes Sodré. Assim começou a história de nossa comunidade na Serra da Tiririca, e com a falência da Fazenda se iniciou a luta pela terra.
Depois de mais de 40 anos de trabalho duro, nos bananais e demais plantações, com a falência da Fazenda as famílias de trabalhadores começaram a ser expulsas para a criação do bairro Engenho do Mato, tomado por loteadoras. Nossa família lutou e resistiu, conquistou o direito à terra pela primeira vez na Reforma Agrária realizada na década de 60, mas na verdade é até hoje questionada por alguns setores do Estado, apesar de ser uma comunidade tradicional, quilombola, que sempre teve e mantém até hoje laços de convívio harmônico com a natureza.
Depois de tantas e tantas lutas, tantos ataques, mas também diversos apoios importantes da Universidade, de tantos professores e alunos combativos, de tantos aliados nos mais diversos setores e movimentos sociais, temos agora essa boa notícia.
Vejam a publicação:
Tivemos reconhecida nossa existência enquanto comunidade remanescente de Quilombo. Passamos na primeira fase de um importante processo de reconhecimento do território. É um passo fundamental e queremos agradecer a cada um e cada uma que fez parte com a gente dessa história. Obrigado!
Você que frequenta nossa comunidade, que já assinou uma lista de presença, um abaixo-assinado, que já compartilhou uma de nossas publicações, que já manifestou opinião em nossa defesa de alguma forma...você faz também parte dessa história! Muito obrigado!
Obviamente a luta continua! Há muitos passos pela frente, para nós e para outras comunidades que ainda sofrem tanta perseguição e tantas injustiças. Não lutamos sozinhos e também não esquecemos e não esqueceremos de nossos irmãos quilombolas, indígenas, pescadores e demais povos tradicionais. Seguimos em cada luta pela terra, em cada defesa de direitos. Juntos, ombro a ombro!
Mas hoje pedimos licença para comemorar. Nesse que é o mês de Preto Velho, vamos agradecê-lo por mais essa vitória, cantar, sambar e celebrar junto de nossos amigos e aliados! Vamos lá!!!
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