28 DE MAIO - REDUÇÃO DAS MORTES MATERNAS: UM DEVER PARA O BRASIL E PARA O MUNDO!

 

28 DE MAIO - REDUÇÃO DAS MORTES MATERNAS: UM DEVER PARA O BRASIL E PARA O MUNDO!

Esta data marca o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. O primeiro evento que marcou a data foi o IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, que ocorreu na Holanda, em 1984. Três anos depois, na 5ª edição do Encontro, realizada na Costa Rica, foi proposto que,daquele momento em diante, fosse escolhido um tema relacionado à saúde da mulher para ações políticas, a serem realizadas sempre no 28 de maio. Desde então, a data tornou-se referência para a reflexão internacional sobre saúde da mulher.

No ano seguinte, em 1988, houve a Campanha de Prevenção da Mortalidade Materna, coordenada pela Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos e pela Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e Caribenhas, com envolvimento da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, do Brasil. A partir dessa ação, o governo brasileiro determinou, por meio da Portaria 663/94 do Ministério da Saúde, que o dia fosse instituído como data nacional para redução da morte materna.

Embora o país apresente uma tendência de redução das mortes maternas bastante expressiva, políticas como o EBSERH e a crescente privatização dos serviços de saúde preocupam pela falta de qualidade e compromisso público. É necessário que o Poder Público siga investindo na ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo voluntário, na melhoria da qualidade da atenção pré-natal, na formação de profissionais para o atendimento adequado, humanizado e não discriminatório, no fornecimento de serviços e na ampliação do acesso aos cuidados obstétricos de emergência quando surgem complicações.
Vamos juntos!

ABOLIÇÃO? Samba da Comunidade: Para seguir na luta pelo povo negro!

ABOLIÇÃO? 
Samba da Comunidade: Para seguir na luta pelo povo negro!

25 de maio (sábado): Samba, feijoada e denúncia contra o racismo, em defesa dos negros e negras! A partir das 13 horas no Quilombo do Grotão!

Depois de 125 anos a interrogação continua quando se fala em “comemorar” esta data. Em 13 de Maio de 1888 a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea. Em cima deste ato foram criados vários relatos de valorização desta ex-dona de centenas de escravos, transformando-a em única e grande heroína de bom-coração, ocultando-se muitas vezes da história a luta dos negros, como Zumbi dos Palmares e muitos outros, e de trabalhadores e setores médios brancos, como Joaquim Nabuco e tantos outros, que também lutavam pela abolição e que sua luta que determinou que ocorresse o fim da escravidão. Essa luta durou cerca de 350 anos ininterruptamente nas diversas formas de resistência, nos quilombos, na religião, na capoeira, na música e etc...até que viesse o 13 de maio, que na verdade não trouxe a libertação desejada, pois não garantiu meios de inserção social dos negros, que não receberam nenhuma indenização pelos anos de escravidão e foram em sua maioria condenados à marginalidade, nas ruas e periferias.

"Nossa comemoração de fato é no dia 20 de novembro, quando comemoramos a história de luta e resistência do povo negro e homenageamos Zumbi dos Palmares. Mas o dia 13 de maio precisa ser lembrado sempre. Aqui no Quilombo no dia 13 fizemos uma grande atividade com roda de capoeira e em homenagem ao dia de Preto Velho. Agora, nesta edição do Samba da Comunidade achamos importante fazer esta denúncia do que realmente foi a Lei Áurea e aproveitar esse tema para dialogar com a população buscando de fato uma liberdade concreta e o fim do racismo que ainda assola nossa sociedade.", disse Renatão do Quilombo, lideraçã do Quilombo do Grotão e presidente da Associação da Comunidade Tradicional do Engenho do Mato (ACOTEM).

No país da suposta harmonia das “raças”, da mestiçagem, o que vemos HOJE é que a ampla maioria dos trabalhadores negros viverem ainda em situações análogas à escravidão. Os sem-terra e os que são assassinados por jagunços ao lutar por terra são de maioria negra. Nos acidentes de trabalho a cor daqueles que despencam de andaimes e que sofrem lesões e mutilações nas linhas de produção tende a ser a mesma. A luta dos quilombos também ainda é uma realidade até hoje. Ainda há muitos companheiros que, como nós do Quilombo do Grotão, lutam para terem suas terras reconhecidas e legitimadas. O país precisa se unir e refletir sobre a importância da luta negra, enquanto houver racismo e situações análogas à escravidão, não teremos um país e seres humanos realmente livres. A importância dessa luta e dessa resistência é que queremos lembrar nesta data! Vamos juntos!

SAMBA DA COMUNIDADE

Roda de Samba: Grupo Família Quilombo com Mariana Braga e o convidado especial Daniel Siscinio.

A partir das 13 horas.

Prato de feijoada apenas 10 reais - Sem cobrança de couvert artístico.

Feira de Artesanato do Quilombo do Grotão: Em todas as edições do Samba da Comunidade, realizamos a nossa feira de artesanato local, com peças das comunidades tradicionais de Niterói e de nossos parceiros de outras comunidades da cidade. Esta Feira de Artesanato, além de buscar geração de renda para as comunidades, trabalhando com princípios de economia solidária, busca também a valorização dos artesãos locais e da cultura dos povos tradicionais da cidade. 

Quilombo do Grotão, Rua 41, Engenho do Mato, Niterói/RJ

Contato: 2709-5577

SAMBA DO QUILOMBO COM FEIJOADA E SOLIDARIEDADE!

Samba do Quilombo com feijoada e Solidariedade - Projeto Marcela  - Na luta pela VIDA!

Pessoal, este será um evento do PROJETO MARCELA! Para quem ainda não sabe, a Marcela tem 34 anos, é uma guerreira que está na luta contra o câncer e que precisa de apoio para realizar seu tratamento! Marcela até hoje já passou por diversos tratamentos agressivos e em uma determinada fase a doença progrediu. Ela então buscou tratamentos alternativos e agora está disposta a lutar pela vida buscando um tratamento que só é realizado na Alemanha, com células dendríticas. Para se submeter a esse tratamento ela precisará de quase 40 mil euros, o que corresponde a cerca de 100 mil reais. Dai surgiu o Projeto Marcela, para contribuir com a luta desta guerreira PELA VIDA! O Projeto está disponível no site http://www.projetomarcela.com.br/ e é totalmente baseado na ÉTICA E NA TRANSPARÊNCIA!

Vamos nos unir em mais esta atividade do Projeto Marcela e contribuir para esta luta! O samba ficará por conta dos nossos amigos do Quarteto Coité e o couvert de 10 reais será totalmente revertido para o Projeto Marcela! O prato de feijoada sairá a apenas 10 reais. Quem não puder comparecer, entre no site e contribua da forma que puder! Compartilhe, divulgue...VAMOS JUNTOS!

Data: 19/05/2013
Horário: A partir das 12h
Local: Quilombo do Grotão
Valor da entrada: R$ 10,00 (para o Projeto Marcela);
Feijoada (pratão): R$ 10,00
Endereço: Rua 41, Sítio Manoel Bonfim, Engenho do Mato - Serra da Tiririca - Niterói - RJ - Contatos: 21 2709-5577 / 9731-7697 / 9650-2825

TODO APOIO AO DAVI E AO ARMAZÉM FIEL

            Na última semana, através do Poder Judiciário, a poderosa família Cruz Nunes voltou a investir contra a humilde família do senhor Davi, sitiante tradicional da Serra da Tiririca e dono do Armazém Fiel. A família Cruz Nunes alega que é proprietária do terreno que está há mais de três gerações com a família do senhor Davi.

Dona Rosana e Seu Davi - Armazém Fiel

O Armazém Fiel é uma construção de estilo popular do período colonial, com influencias da arquitetura mineira do século XVIII, estrutura em madeira e, portanto uma casa centenária. O imóvel historicamente sempre pertenceu aos pais do Davi, Valdina Cortes dos Santos (D. Valda) e Luis Accendino dos Santos, este um dos mais tradicionais comerciantes da época na região de Itaipu. Registre-se ainda que D. Valda foi uma das figuras mais emblemáticas da comunidade tradicional de Itaipu.

            O filho de D. Valda e Luis Accendino, o Autor, sr. Davi Cortes dos Santos, é descendente desta família que permanece na Serra da Tiririca há quase uma centena de anos. Herdou o Armazém Fiel de seu pai, e, juntamente com sua esposa, sra. Rosana Tupini dos Santos, trabalha no mesmo ARMAZÉM FIEL há mais de 40 anos, sendo muito queridos por toda a comunidade de Itaipu. Davi preside há vários anos a Associação dos Sitiantes Tradicionais da Serra da Tiririca (ASSET), entidade que compõe o Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA).

Antigo jornal falando sobre Sr. Luiz Accendino, pai do Davi.

A bancada do PSOL realizou nesta segunda-feira (16-05) uma reunião no gabinete do vereador Renatinho Psol, com a presença do Davi, de seus advogados, Sinval e Fabiano Sampaio e diversos apoiadores da causa, entre eles o Conselho Comunitário da Orla da Baía e o Fórum das Comunidades Tradicionais de Niterói. Os advogados apresentaram a petição de defesa que foi protocolada por eles e foi deliberado entre os presentes que, junto a isso, havia necessidade de reapresentação do Projeto de Tombamento do Conjunto Arquitetônico composto pelo Armazém Fiel e pela Capela Nossa Senhora da Conceição, tendo em vista o risco que estes imóveis passam diante do novo golpe da família Cruz Nunes, que se diz proprietária de ambos os terrenos onde estão construídos estes imóveis históricos e de grande valor sentimental para a comunidade. A proposta de tombamento dos bens citados foi também apresentada mediante Moção de Apoio na 5º Conferência Municipal das Cidades, realizada em Niterói, tendo sido APROVADA por unanimidade. Cabendo, portanto ao Poder Público Municipal acatar a presente proposta e proteger os bens.

 

Foto histórica do Armazém Fiel

            Recentemente foi feito ainda um “Relatório Técnico sobre a ocupação da Serra da Tiririca pelos remanescentes de Tropeiros Tradicionais”, elaborado pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas e Instituto Nacional de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos, coordenado pelo professor de antropologia da UFF, Fabio Reis Mota. Neste estudo técnico, apontou-se especificamente o caso do Davi como um caso emblemático de disputa do território na Região Oceânica, palco de grilagem de terras e perseguições a famílias tradicionais que se tornaram vítimas da especulação imobiliária ao longo dos anos diante da valorização das terras na Região.

            Daremos todo apoio que pudermos para que o Davi e sua família consigam permanecer no Armazém Fiel, preservando aquele espaço para a cidade. Este é um direito da família que ali está há quase uma centena de anos e que agora pode ter esse direito retirado através do próprio Poder Judiciário, mostrando mais uma vez que muitas injustiças são feitas neste Poder. Seguiremos na luta, denunciando qualquer decisão injusta e não vamos descansar até que a verdade prevaleça!