Neste dia 22 de novembro completaram-se 25 anos do assassinato de Chico Mendes, o grande líder seringueiro que iniciou o debate sobre a necessidade da permanência das comunidades tradicionais na floresta. Chico mostrou para o mundo a importância da relação entre os povos da floresta e o meio ambiente. Mostrou que a cultura dessas populações tradicionais e originárias é de grande importância para a preservação ambiental e para a proteção da memória do nosso país. Assim nasceu a primeira Reserva Extrativista, em Xapuri, no Acre, para buscar garantir a sobrevivência do povo seringueiro e manter a floresta de pé. Chico foi assassinado por aqueles que queria a destruição da floresta. Sua morte não foi em vão, a luta em defesa dos povos e comunidades tradicionais tomou grande proporção em todo o Brasil e vários avanços foram obtidos. No entanto, ainda há muito que se conquistar. A Floresta Amazônica pela qual Chico Mendes tanto lutou está sendo destruída com a autorização e a omissão do governo. Assim a quase totalidade dos seringais deram espaço a pastos para criação de gado. A exploração ilegal de madeira avança a cada dia, assim como o agronegócio que expulsa as comunidades tradicionais e originárias de seus locais de origem. Contraditoriamente o Governo Lula/Dilma deu o nome de Chico Mendes ao órgão máximo de “proteção” do meio ambiente retirando do IBAMA a responsabilidade de gerir Unidades de Conservação e criando assim o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Mas certamente não era essa a homenagem que Chico Mendes gostaria de receber!
O governo tem que agir com firmeza para garantir a proteção das florestas e dos povos tradicionais ao invés de aprovar alterações no Código Florestal e permitir cotidianamente que milhares de hectares sejam desmatados na Amazônia! Nestes 25 anos da morte de Chico Mendes a mensagem que deve ficar é a de que a luta precisa continuar. Precisamos seguir denunciando o atual governo da mesma forma com que Chico denunciava o governo de 25 anos atrás. Infelizmente a lógica permanece a mesma! Milhares de defensores da floresta e dos direitos humanos foram assassinados nestes 25 anos. Recentemente tivemos a morte de um casal de seringueiros naquela mesma região. José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foram mortos em 2011 por resistirem aos madeireiros e fazendeiros que se apossaram de diversas áreas da Amazônia. É preciso denunciar o descaso, a omissão e a aceitação desse governo com o desmatamento e a opressão dos povos da Amazônia e de outros lugares do país! Chico Mendes VIVE! Vamos seguir na luta...pela memória dele e em defesa do nosso povo!
VEJAM O DOCUMENTÁRIO “CHICO
MENDES – CARTAS DA FLORESTA”:
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