quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Bancada do PSOL na reunião da RESEX apoia Luta dos Pescadores

 
Nesta quarta-feira 18.12, das 10 às 17h, aconteceu a Oficina de Diagnóstico Rápido Participativo para a formação do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista Marinha de Itaipu - Resex. Cerca de 100 pescadores artesanais, de Itaipu e Piratininga, estiveram presentes. Após a apresentação, os presentes foram divididos em três grupos: Pescadores Artesanais locais; Sociedade Civil Organizada e Poder Público. Foi decidido que o Conselho contaria com 50% de representação dos Pescadores Artesanais locais, 25% de representantes da Sociedade Civil e 25% de representantes do Poder Público. Com a ajuda do professor Ronaldo Lobão, da Antropologia da UFF, os pescadores listaram todas as modalidades de pesca artesanal praticadas na área da Resex e chegaram ao número de 14 representantes de todas as modalidades. Desta forma restaram 07 vagas para a sociedade civil e 07 vagas para o Poder Público. Os grupos apontaram todos os pontos que achavam positivos e negativos na Reserva Extrativista e assim puderam visualizar as metas e desafios que o Conselho tem pela frente.

Os pontos negativos que mais afligem os pescadores são relacionados à poluição, à pesca predatória e ao fundeio de plataformas e rebocadores na enseada. Estes são temas que trazem prejuízos diários aos pescadores artesanais e que precisam ser rapidamente solucionados. Foi destacado o fato do INEA continuar autorizando o despejo de lixo e lodo, oriundos da dragagem dos portos do Rio, em pontos próximos da orla de Itaipu, em especial nas Ilhas do Pai, da Mãe e da Menina, que são parte também do Parque Estadual da Serra da Tiririca - PESET. A não inclusão da Lagoa de Piratininga na área da Reserva também foi apontado como um ponto fraco. O freqüente despejo de esgoto e aterramento da lagoa vêm causando graves prejuízos ambientais com a omissão do INEA e da Prefeitura. O licenciamento do emissário submarino do Comperj é outro ponto que preocupa, não só os pescadores como toda a população do entorno. Diante da possibilidade do despejo de resíduos petroquímicos na orla de Itaipuaçu, que com a influência das marés certamente chegarão às praias oceânicas de Niterói, a pesca e o banho de mar podem estar seriamente ameaçados.
“A luta pela Reserva Extrativista de Itaipu é muito antiga e a sua criação representou uma vitória dos pescadores e de toda a população que defende a cultura daquela população tradicional e a defesa do meio ambiente. No entanto, temos que ficar atentos ao que o INEA vem autorizando no entorno da Reserva. A luta contra o emissário submarino não terminou. Defendemos o reuso total dos efluentes usados no Comperj. Há tecnologia para isso e basta a Petrobrás querer aplicar recursos nisso. Eles podem tratar a água e reutilizar, ao invés de jogar no mar. Precisamos lutar por isso!”, disse o vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL).
A próxima reunião da Reserva Extrativista foi marcada para o dia 18 de janeiro, quando então serão definidas as entidades que comporão o Conselho Deliberativo.
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