GOVERNO ATROPELA CATEGORIA E APROVA PCCS SEM ATENDER REIVINDICAÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO
Nesta
quinta-feira, 28.11, foi votado na Câmara de Niterói o Plano de Cargos,
Carreiras e Salários (PCCS) da Educação Municipal. A Bancada do PSOL apresentou
16 emendas, construídas em conjunto com os
profissionais de educação e com o SEPE – Sindicato dos Profissionais de
Educação de Niterói. A categoria que já vinha se mostrando insatisfeita com o PCCS
apresentado pelo governo, manifestou-se em Audiência Pública
de forma contrária ao Plano e reivindicou diversas alterações. Neste sentido
foi que a Bancada do PSOL atuou para apresentar formalmente as propostas da
categoria.
No
entanto, mais uma vez a Câmara agiu de forma antidemocrática, não realizou reunião
da Comissão de Educação da Casa e, portanto não deu oportunidade à bancada do
PSOL de defender suas emendas na Comissão. O Vereador Henrique Vieira, do PSOL,
que é membro da Comissão de Educação, sequer foi comunicado sobre o Parecer
contrário da Comissão e apenas tomou conhecimento da rejeição das emendas no
momento da Sessão Plenária.
“Rejeitar
as emendas do PSOL é rejeitar as propostas dos professores e dos demais
profissionais de educação. É votar contra a educação pública. Os professores
precisam ser valorizados e para isso precisam ser ouvidos. Foi vergonhoso ver o
governo prejudicar estes profissionais, em especial os aposentados, e a Câmara
autorizar essa atitude”, disse o vereador Renatão do Quilombo (PSOL).
Diversos
profissionais aposentados estavam nas galerias da Câmara assistindo a votação e
viram o governo votar contra a incorporação dos benefícios concedidos à
categoria. Os aposentados terão que esperar até 2017 para incorporar o
benefício. A emenda do PSOL garantia a incorporação já para 2014. Mesmo sob
pressão das galerias lotadas, a emenda foi rejeitada pelo governo.
Outra
demanda dos profissionais era a diminuição da carga de trabalho de 40 horas
para 30 horas. O trabalho exercido por estes profissionais além de ser incompatível
com os salários, exige uma carga horária menor para que a saúde do trabalhador
seja preservada. Essa diminuição garantiria uma melhor prestação de serviços,
com o conseqüente aumento de qualidade e favorecendo a formação profissional
dos trabalhadores.
As
merendeiras também não tiveram sua demanda atendida. O Sindicato reivindicava a
necessária transformação do cargo, reconhecendo estas profissionais como
cozinheiras, afinal essa é a real função exercida na rede de Educação.
“É
um absurdo que não se reconheça essa categoria como cozinheiras. Elas fazem
serviço diário de cozinheira e não de merendeira. Conheço várias profissionais
da rede que sofrem cozinhando para 200, 300 crianças por dia. Trabalham
diariamente no fogão quente durante horas para alimentar nossas crianças e não
tem reconhecimento do governo que prefere deixar de pagar insalubridade a elas
para investir em cabides de emprego como Secretarias Regionais”, disse Renatão
do Quilombo.
Neste
sentido, mesmo reconhecendo alguns poucos avanços para a categoria no PCCS, a
bancada do PSOL foi obrigada a votar contra o novo Plano já que demandas
importantíssimas foram absurdamente negadas pelo governo. Infelizmente ao final
da Sessão, diante do desrespeito de alguns representantes do governo com a
categoria, algumas professoras aposentadas passaram mal e tiveram que ser
levadas ao departamento médico da Câmara.
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